O renomado correspondente da Al Jazeera foi atingido em uma tenda para jornalistas fora do Hospital Al-Shifa, em Gaza, em um ataque que matou outros colegas e gerou forte condenação internacional.
O jornalista palestino Anas al-Sharif, 28 anos, correspondente da Al Jazeera Arabic e conhecido por sua corajosa cobertura em primeira linha da guerra em Gaza, foi assassinado em um bombardeio israelense realizado na noite de 10 de agosto de 2025. O ataque atingiu uma tenda montada para a imprensa em frente ao Hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza, provocando a morte dele e de outros quatro profissionais da mídia.
O Exército Israelense (IDF) afirmou que al-Sharif integrava uma célula do Hamas e liderava ataques com foguetes contra civis e tropas israelenses — acusações que não foram corroboradas por provas verificáveis e foram rejeitadas por organizações de imprensa e direitos humanos.
O ato provocou uma onda de condenações internacionais, com entidades como o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), autoridades da ONU e a União Europeia exigindo investigações independentes e destacando a proteção a jornalistas em zonas de conflito como mandatória.
Em sua última mensagem, al-Sharif escreveu:
“Se estas palavras chegarem até você, saiba que Israel conseguiu me matar e silenciar a minha voz…”
Seu legado permanece como símbolo da coragem e da importância da liberdade de imprensa em meio a um dos conflitos mais sangrentos da atualidade.
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